segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Revelação

Quando o vento
Abriu de sobressalto
As cortinas da janelas

Como uma mulher
Desnuda ante a face
Do desejoso amante

Extraindo das formas
Expostas ao léu
Respostas...

Para todas as presunções
Cada qual, caída
Uma a uma

O sopro do vento...
A intuição incomunicável
Aos ouvidos alheios

Cheio de assombro
A voz destoante
Do incomunicável Todo!

fragmento inusitado
Na parte das formas triades
Questiona a Esfinge

A amada se levanta
Para cantar
A outrora canção perdida

As letras vivificantes
De toda poesia ou prosa
Das formas viventes

Ou algumas tontas
Pelas correntes arrastadas
Enlouquecidas, enganadas

Entretanto, mais que tanto
A trova relampeja
A corrente serpenteia

Na fulgaz sensação
Em plena apreensão
Instantânea da Verdade

Calo aqui, mais à frente
Um longo chão a percorrer...

Um comentário:

  1. òtima...sensacional...muito boa mesmo...uma das minhas preferidas escritas por você...

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