Profecias do Carnaval

Passava pela rua, sem a antiga loucura... Ainda sim longe da sobriedade, no panteão do Carnaval. Passou bem, passou mal. Viu a Cruz de Santo André como antigo sinal. Rezou até pelo novo Sinal, vindo um pouco para  lá de Portugal... Deu vivas a todos... Maioral! Viu sereias, ondas aeréas, Minervas, deusas flores; sinestesia atemporal... Cantou Glória à Trindade Panteística, nascida das sangrias vividas nessa festa mau.... Sem juízo, com o Destino, aboliu todo o mal. Naquele maior ritual, passes e desfiles, fumaças  e felizes, musas de carne e terra-cor, sem contato, mais infinito amor. Andou Jesus, num passeio professor. Fantasiou, dançou, viveu e poucos ais falou. Sentiu quase tudo. Amou mais do que tudo. Viveu morreu. Para o bem, para o mau, um Anjo no Carnaval ressuscitou. Agradeceu aos irmãos e o mais bonito: " Joe, Tchau!"

Itaoca

Passou,
O Passado
que pensou
Trupiquei no Ouro

A Água lavou...

Lembrança

Na Quarta Roda me levantei!
Caminheiro Bravo

Filho d'Um Rei!

Aquário

As Águas,
brotam,
Livres ao Luar...

As Águas,
choram,
pelos que não sabem,
Nadar...

As Águas,
rolam,
Dos corações
Que sabem

Amar..

Viajante Beduíno

O Som
Soa em meu peito...
Direito
Lado da Escrita,
Esquerdo batedor
Doador da Vida!

Soa
Em meu Som...
O ritmo Malabarista
Mergulhado na Vida!
Cítara Melodia
Aurora Marroquina....
Menina minha
Mansa malícia...

Lampião

O templo
Contemplar
A vira-volta

Todo sonho...
Sonhar
O Casamento, o Lar...

Viver,
A vida, veloz
Cangaço...

Sertão
Chama viva
Cangaço vivo...

Silêncio

Memória
Meia-volta,
Volta a viver...

Covarde,
não cavar
O Abismo do viver

Crescer,
em ternas tardes
Cantar para Ser...

Verdade
Claridade
Intensidade do Poder...

Morte,
Meia-idade
Marte rejuvenescer...