I-Sobre a questão da inércia
I a) Inércia: Buscando a relação de coisas, com as coisas, primeiramente surge a imagem. Em contato com as impressões externas, nos surge a relação movimento-inércia, das coisas dadas no mundo. Disso, surge a observação; no movimento estão as coisas dotadas da capacidade de deslocamento, sejam elas animadas ou inanimadas- possuidoras ou não de essência-; na inércia, acontece de estarem também seres animados e inanimados. Então, movimento-inércia, são capacidades não intrisecas à vida.
I b) Sobre o que é a Vida. Vida em contraposição à morte. Morte e Vida, relação de movimento e inércia das coisas, ou seja, causa do equilibrio do jogo.
I c) Sobre a falsa inércia: A nós, dotados de sentidos, podemos indagar as seguintes questões: Todas as coisas estão vivas? Tudo o que é vivo é movimento? Tudo o que é morto é inerte? Todas as coisas estão mortas? Morte e vida estão em jogo. São um jogo. Então, a vida pode nos dar a impressão de movimento. A morte de inércia. Coloquemos a seguinte questão: Um objeto inerte é vivo? Façamos a distinção: Objeto, logo é não-vivo. Coisa, logo é vivente. No entanto, coloquemos a questão: Uma coisa pode convereter-se em objeto? Claro, uma arvoré, aparentemente inerte, pode se converter em uma carroça em movimento. Uma pedra de ferro inerte, pode se converter em um automóvel em movimento. Por isso, o objeto dotado de movimento, não é necessariamente dotado de vida. Uma pedra não-dotada de movimento é dotada de vida. Logo, uma questão sobre a falsa imagem: Um homem aparentemente dotado de vida, pode se converter em objeto, mesmo estando em movimento? Movimento e vida, Inércia e morte, não seriam ligações verdadeiras. Por isso surge a simples sentença: Todo ser, dotado de vida, inerte ou em movimento, pode se converter em um objeto, morto. Assim, a falsa imagem é aquilo que aparenta ser, mais não é. Porém algo que é, pode parecer não ser. Logo há ai, a transferência daquilo que não é, de sua condição para aquilo que é. Portanto o nascimento do equívoco-ignorância, da realidade verdadeira das coisas.
I d) Resolução: Aquilo que é, pode parecer não ser. No entanto a condiçao de não-ser é própria do que é morto - assumido como objeto - a ser utilizado- transferente de sua condição a aquilo que é. Daí a falsa inércia.
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